terça-feira, 5 de abril de 2016

Chumbado orçamento da Junta Urbana

A proposta de orçamento apresentada pelo executivo da Junta Urbana de Tomar foi ontem chumbada em assembleia de freguesia. Cinco vogais do Partido Social Democrata e dois dos Independentes por Tomar votaram contra uma proposta que já fora chumbada e que continua a merecer muitas críticas.
O presidente da junta, Augusto Barros, teimosamente insistiu num modelo que sabia não ser do agrado da maioria dos elementos da assembleia, aparentemente, na expetativa de que algum vogal se abstivesse.
De resto, após a votação, foi notório o amuo  do presidente que recusou pormenorizar alguns pedidos de explicações que lhe foram endereçados, enquanto ameaçava ir queixar-se à população do facto da oposição não o deixar fazer o que bem entende.
Com a não aprovação do orçamento para 2016, o executivo vai ter que se reger com o orçamento do ano anterior e enquadrar o que pretende fazer nas rúbricas já existentes em 2015.
Da parte do PSD manteve-se o sentido de voto, que sempre tem adoptado desde o início do mandato, uma vez que as opções seguidas estão muito longe de corresponder ao que seria a sua estratégia para a freguesia urbana e ainda mais longe de traduzir o peso de representar metade do número de eleitores de todo o concelho.
Já os IpT, que partilharam a gestão da Junta até há alguns meses, apontam o incumprimento da lei por parte do presidente da Junta como razão das críticas que lhe têm sido dirigidas. Recorde-se que em assembleia anterior, foi aprovada uma proposta dos IpT que previa o encerramento imediato do postro dos CTT que funciona no edifício da junta, fundamentada exatamente em questões legais. Apesar disso o presidente da junta recusa cumprir a deliberação da assembleia. Dado que do orçamento para 2016 continua a constar a existência dos CTT, os IpT entendem que só podiam votar contra, uma vez que mantêm a ideia que o acordo existente viola normais legais em vigor.
Mais uma vez confrontado com esta questão Augusto Barros ainda admitiu vir a procurar obter junto dos CTT melhores contrapartidas para a Junta mas recusa pôr termo ao contrato.
A celebração do protocolo para intervenção no perímetro urbano e do contrato inter-administrativo de delegação de competências entre o município de Tomar e a freguesia urbana, foi aprovada, no primeiro caso por unanimidade e no segundo com a abstenção do PSD e voto favorável das restantes forças.