terça-feira, 5 de abril de 2016

Chumbado orçamento da Junta Urbana

A proposta de orçamento apresentada pelo executivo da Junta Urbana de Tomar foi ontem chumbada em assembleia de freguesia. Cinco vogais do Partido Social Democrata e dois dos Independentes por Tomar votaram contra uma proposta que já fora chumbada e que continua a merecer muitas críticas.
O presidente da junta, Augusto Barros, teimosamente insistiu num modelo que sabia não ser do agrado da maioria dos elementos da assembleia, aparentemente, na expetativa de que algum vogal se abstivesse.
De resto, após a votação, foi notório o amuo  do presidente que recusou pormenorizar alguns pedidos de explicações que lhe foram endereçados, enquanto ameaçava ir queixar-se à população do facto da oposição não o deixar fazer o que bem entende.
Com a não aprovação do orçamento para 2016, o executivo vai ter que se reger com o orçamento do ano anterior e enquadrar o que pretende fazer nas rúbricas já existentes em 2015.
Da parte do PSD manteve-se o sentido de voto, que sempre tem adoptado desde o início do mandato, uma vez que as opções seguidas estão muito longe de corresponder ao que seria a sua estratégia para a freguesia urbana e ainda mais longe de traduzir o peso de representar metade do número de eleitores de todo o concelho.
Já os IpT, que partilharam a gestão da Junta até há alguns meses, apontam o incumprimento da lei por parte do presidente da Junta como razão das críticas que lhe têm sido dirigidas. Recorde-se que em assembleia anterior, foi aprovada uma proposta dos IpT que previa o encerramento imediato do postro dos CTT que funciona no edifício da junta, fundamentada exatamente em questões legais. Apesar disso o presidente da junta recusa cumprir a deliberação da assembleia. Dado que do orçamento para 2016 continua a constar a existência dos CTT, os IpT entendem que só podiam votar contra, uma vez que mantêm a ideia que o acordo existente viola normais legais em vigor.
Mais uma vez confrontado com esta questão Augusto Barros ainda admitiu vir a procurar obter junto dos CTT melhores contrapartidas para a Junta mas recusa pôr termo ao contrato.
A celebração do protocolo para intervenção no perímetro urbano e do contrato inter-administrativo de delegação de competências entre o município de Tomar e a freguesia urbana, foi aprovada, no primeiro caso por unanimidade e no segundo com a abstenção do PSD e voto favorável das restantes forças.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Passeios em Carvalhos de Figueiredo

A notícia sobre a preparação da candidatura do Caminho Português de Santiago a Património da Humanidade, pode ser lida na edição de ontem do jornal Destak e refere uma reunião do Eixo Atlântico com esse objetivo.
Por cá, de vez em quando há quem lance uns fogachos sobre o trajeto. Enche-se a boca para falar numa aposta estratégica no turismo e assim se vão entretendo os tomarenses, normalmente pouco dados a preocupações reais com o que se passa por cá.
A notícia obriga a uma referência ao que se passa com a ausência de passeios entre Tomar e Carvalhos de Figueiredo, num percurso que integra o Caminho Português de Santiago, circunstância que bem poderia ser ponto de partida para uma candidatura da obra a comparticipação financeira... 
Lembro-me como eram, há duas dezenas de anos, os acessos à cidade pela Rua de Coimbra, Estrada da Serra ou Estrada de Marmelais. Sim, hoje não tem nada a ver e foram criadas as necessárias condições de segurança para os peões circularem. Foi o tempo em que António Rodrigues, então presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais, pressionava, insistia e exigia junto da Câmara.
Desconheço se estes trajetos integram algum percurso turístico mas que estão com as condições mínimas, estão.
Por outro lado, antes de António Rodrigues ser presidente da Junta de Santa Maria, já Augusto Barros – hoje presidente da Junta Urbana – andava na Junta de São João Batista. Manteve-se por lá todos estes anos, incluindo na presidência mas a sua capacidade de persuadir quem tem capacidade para concretizar obras deste tipo pode medir-se, também, por este aspecto.
Claro que, sendo Augusto Barros, morador de Carvalhos de Figueiredo, conhece esta realidade. Sabe dos atropelamentos, alguns mortais, provocados pela ausência de passeios e sabe a aventura que é andar a pé ao longo da EN 110. Sabe também como a população local anseia por esta obra. Claro que se conseguisse alguma coisa, aparecia logo alguém a dizer que só se preocupava com a sua porta mas esse risco não corre porque a Estrada das Algarvias mostra que não é uma questão de opção, é mesmo de falta... de passeios! Não, os passeios de idosos continuam a ter dinheiro, a falta é de...
A notícia pode ser lida aqui: http://www.destak.pt/artigo/261733

terça-feira, 29 de março de 2016

Já é 1 de abril?

Em Outubro de 2015 a Câmara difundiu amplamente a notícia de que demolira duas barracas no Flecheiro, no que quis parecer o início da resolução do problema que todos ali reconhecem existir. Mais recentemente também foi divulgado pelos serviços municipais de comunicação que famílias do Flecheiro foram alojadas em casas do Bairro 1º de Maio.
Afinal parece que está tudo na mesma ou há alguma coisa que não bate certo.
Mandando às malvas a discrição que o seu admirador secreto tem elogiado, o vereador Hugo Cristóvão, assumiu protagonismo ao afirmar na última reunião de Câmara que não há novas famílias no Flecheiro. Citado na Rádio Hertz, o vereador terá dito que: «Há aquela ideia de que estão a chegar a Tomar mais famílias de etnia cigana… E esta está tão implementada que já se tornou numa espécie de mito urbano...».
Ainda citado pela Hertz, Hugo Cristóvão fez questão de deixar claro que «Não há novas famílias no Flecheiro. No início deste mandato, havia 53 números de polícia e são estes 53 números que estão a ser respeitados e são para estes que estamos a trabalhar para encontrar soluções...».
A reunião de Câmara foi ontem e as declarações já foram escutadas na Rádio Hertz, mas o que isto está mesmo a pedir é uma boa chamada de capa nos dois semanários tomarenses, que terão data de capa de 1 de abril!...

sábado, 26 de março de 2016

Pagamentos, só a pronto

Há dias ouvi uma pessoa afirmar, com graça, que hoje é muito fácil ser médico. Uma pessoa dirige-se ao consultório e se tem a tensão alta a receita é que vá andar. Um homem vai ao médico queixar-se da proeminência da barriga e o conselho é... que vá andar; a mulher queixa-se de dores de cabeça, pois que faça umas caminhadas... sofre de stress, tem de andar... anda enervado, ande... Andar, como exercício, parece ser a cura para todas as maleitas.
Não sou médico, não vou mandar ninguém andar, mas vou propor um outro exercício:
Imaginemos uma associação de uma pequena aldeia espalhada por um qualquer ponto do país. Seja pela crise do associativismo, seja pela demanda das populações, seja pela falta de motivação ou por outra razão qualquer, as pessoas afastam-se e há umas instalações construídas com o esforço da população, erguidas num terreno doado por um benemérito da terra, que ficam ao abandono, sujeitas a actos de vandalismo que sempre acontecem neste tipo de situação.
O tempo passa e fruto da dinâmica própria das razões que levam a uma maior ou menor motivação para as pessoas se associarem, há um novo fôlego, uma nova onda de entusiasmo, gente jovem envolvida e a associação volta a ter portas abertas, volta a ser centro de convívio, volta a ser elemento agregador da população dessa localidade.
Quem assume os destinos nessas circunstâncias é então convidado pela autoridade tributária a cumprir obrigações legais que ficaram por cumprir e/ou com multas das autarquias locais que os seus responsáveis, como vivem noutro mundo e não conhecem a realidade do seu território, fazem questão de aplicar, castigando eventuais abusos.
Movidos pelo espírito altruista que os leva a abdicar de algum do seu tempo para o dedicarem ao bem comum da colectividade local, há nestas situações várias possibilidades: Uns vão ao “beija-mão”, pedir o favor de um perdão que trocam pela promessa de votos futuros; outros pura e simplesmente ignoram as ameaças que chegam em forma de cartas intimidatórias porque os supostos incumprimentos são datados no tempo e dizem respeito ao tal período anterior ao novo fôlego e há ainda outros, que de tão envolvidos com a causa, assumem pessoalmente a vontade de pagar do seu próprio bolso para acabar de vez com a questão.
Neste último caso, há também várias possibilidades. Ou têm dinheiro suficiente para liquidar de uma vez o valor da(s) multa(s) aplicadas pela Câmara ou apresentam uma proposta de pagamento faseado para, por exemplo, liquidarem uma multa de quinhentos euros em cinco prestações mensais de 100 euros cada.
Claro que, também neste ultimo caso, há duas possibilidades: A Câmara pode aceitar ou recusar mas fará sentido recusar-se a vontade de pagar? No caso da Câmara Municipal de Tomar faz. Só aceita pagamento a pronto. Se fosse comigo... como é que é aquela coisa de ir receber ao totta?...

sábado, 19 de março de 2016

Provedor da Mudança

Na política cá do burgo, o lema com que o PS venceu as eleições autárquicas “Mudança” apenas se justifica com o corte de relações com o PSD. Antes, PS e PSD haviam partilhado a gestão do município, após as eleições foi anunciado e tem sido que cumprido, que o PSD era “persona non grata” à nova liderança.
Desde então, tudo o que se apontava como mau tem piorado. Em termos de perda de influência, capacidade de liderar, índice de transparência, cumprimento atempado com os fornecedores, o percurso de Tomar tem continuado o sentido que já vinha de trás, logo não se trata de mudança, antes reforço...
Desperto pela questão do esquecimento do Provedor do Munícipe, bem lembrada por António Rebelo, no seu blog Tomaradianteira3, tentei perceber o que poderia estar a emperrar o processo e a natural explicação é que sendo legalmente necessário um consenso alargado na nomeação e dada a “ausência de relações” entre PS e PSD, o processo não ata nem desata.
Mas fiquei com a “pulga atrás da orelha” quando me foi soprado ao ouvido que o PSD tomara a iniciativa de dar o aval ao nome de um militante do PS, inclusivé membro da comissão política socialista, para o cargo. A ser assim já se levantam outras questões: O PS tem um perfil para o Provedor do Munícipe, que não se enquadra com esse seu militante? Trata-se de um militante “não alinhado” a quem não convém “dar corda”?

Seria bom saber exatamente o que se passa.

sexta-feira, 18 de março de 2016

Acidente em Marianaia


Numa intervenção que os serviços municipais divulgaram como estando integrada na estratégia de diminuição dos pontos negros da sinistralidade rodoviária, a Câmara Municipal de Tomar abriu há meses umas valas em Marianaia.
Ainda é cedo para avaliar os resultados da obra, até porque ainda nem sequer foi reposto o piso danificado na obra.

E entretanto os despistes sucedem-se...
Hoje, ao início da tarde, o azar bateu à porta de uma munícipe, residente na Portela.

quinta-feira, 17 de março de 2016

Aborto no orçamento

Devo deixar claro que fico muito grato a todos quantos têm procurado saber as razões da pausa de Tomar à letra. Também não vou mentir, quando se escreve num blogue é na expetativa que alguém leia.
Há uns tempos, no seu Tomaradianteira, António Rebelo, lançou o desafio e de imediato lhe enviei todos os elementos que tinha sobre a minha «audiência». Por razões que me explicou, entendeu não publicar, mas aproveito para dizer que nos 71 dias que conta de existência, mesmo sem a desejada regularidade de publicações, Tomar à letra ultrapassou as oito mil visualizações...
Sucede que a única promessa que fiz foi a de me manter atento e não renegar ao que entendo ser o dever cívico de, na medida do possível, contribuir para uma sociedade mais informada e esclarecida. Não prometi intervenção diária, nem assumi nenhum compromisso de regularidade de publicação. De resto, foi o facto de não poder corresponder a esse tipo de exigência que me levou a ditar o fim da revista A Tal.
Acontece que aquilo a que vou assistindo, ouvindo e lendo é tão mau que faz esmorecer. É verdade que gosto de uma boa e educada troca de argumentos, de denunciar situações de incompetência, desleixo ou abusos e que não aceito qualquer balela como verdade absoluta, mas isto atingiu um ponto tal que às tantas me sinto no papel daquela célebre dupla de idosos na série “Os marretas”.
Às vezes dava jeito alguma coisa correr bem.
Por outro lado há quem incentive, quem pergunte se nos cansamos, se desistimos. E custa assumir que já não vale a pena, que não há volta a dar, nem futuro para Tomar.
Manuel Gonçalves foi mestre de uns quantos felizardos que consigo tiveram o privilégio de privar na construção de textos, que pacientemente ensinava a alinhavar, assumissem eles a forma de entrevista, reportagem ou opinião, tanto na rádio como na imprensa escrita.
É dele a culpa de hoje aqui voltar.
Pensei relatar a minha traumática experiência de votação presencial no Orçamento Participativo, no Complexo Desportivo Municipal, mas foi mau demais. Chamar àquilo votação é um absurdo, por isso não me vou alongar e deixo expressa apenas a opinião que uma boa oportunidade para mobilizar as pessoas do concelho, foi transformada pelos responsáveis pela gestão do processo num ABORTO - Atabalhoada a Baralhada Orientação Reservada aos Tomarenses no Orçamento.

quinta-feira, 3 de março de 2016

Estrada de Palhavã

Leio na imprensa que na última sessão da Assembleia Municipal a bancada do Partido Socialista (PS) recomendou à Câmara (PS) que intervenha na rua Corredoura do Mestre (conhecida como Estrada de Palhavã).
Mais do que necessária, uma intervenção de fundo naquela artéria é absolutamente indispensável e urgente. As dificuldades são conhecidas e servem há vários anos de argumento para adiar uma obra que todos reconhecem como vital.
Porém, se bem me lembro, o presidente da Junta (PS, embora diga que não) andou de porta em porta a garantir que a obra se fazia neste mandato. Inclusivamente reiterou-o em assembleia de freguesia, tendo na ocasião afirmado que a situação, tal como está «é uma bomba-relógio».
Há meses, a presidente da Câmara (PS) anunciou a realização da obra durante este ano. Os serviços de comunicação do município, secundaram-na, divulgando a realização de reuniões com a EPAL, tendo em vista a execução da obra. Em reunião de Câmara, Anabela Freitas também se referiu a estas reuniões.

Há qualquer coisa que me escapa porque a ordem parece-me trocada. Num primeiro olhar, a tentação é achar que os eleitos do PS na assembleia municipal estão a querer fazer “render o peixe” e a ideia foi só manter o assunto vivo, mas será mesmo?

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Crónica da oportunidade perdida

Três anos passados passados sobre a entrada em vigor da Lei nº 11-A/2013, de 28 de janeiro, parece ser tempo de refletir sobre os efeitos da reorganização administrativa do território das freguesias.
A ideia não é manifestar a minha concordância ou discordância quanto à Lei. Ela foi aprovada, entrou em vigor e, naturalmente, tem de ser respeitada enquanto estiver em vigor.
O meu interesse é olhar para os efeitos da sua aplicabilidade. Como em todos os casos, há quem tenha olhado para o assunto como ameaça enquanto outros aí encontraram uma boa oportunidade.
No caso de Tomar e do que tenho conversado com as pessoas (autarcas e munícipes), creio poder concluir que no caso de Além da Ribeira/Pedreira, Serra/Junceira e Casais/Alviobeira se trata de uma oportunidade aproveitada em benefício das populações. No caso da Madalena/Beselga não tenho elementos que me permitam ter opinião, apesar de na condição de mero observador não ter notado qualquer constrangimento resultante da agregação.
Já no caso da Junta Urbana, creio ser evidente hoje que se trata de uma oportunidade perdida. E nem entram aqui, nesta apreciação, os acontecimentos das últimas assembleias de freguesia...
A dimensão territorial, mas sobretudo em número de eleitores, da União das Freguesias de São João Batista e Santa Maria dos Olivais, merecia muito mais. Dito melhor, impunha muito mais. Lamentavelmente, a gestão de metade dos eleitores de todo o concelho, tem sido tratada como se de uma pequenina freguesia se tratasse.
Tão grande dimensão e tão evidentes carências não tem tido por parte do executivo daquela junta, junto da Câmara, a capacidade reivindicativa que impunham.
A Lei criou uma oportunidade única de ter uma Câmara e uma Junta empenhadas num trabalho sintonizado em toda a zona urbana. Infelizmente, com responsabilidades repartidas, não me lembro do estado de abandono e desmazelo dos jardins, dos passeios, das ruas, dos logradouros, das pracetas ter alguma vez sido tão grande como hoje. O que temos hoje é uma Câmara que não age e uma Junta que não reivindica. Quem perde é a cidade e os tomarenses...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Nova votação no Orçamento Participativo

A Câmara de Tomar fez saber que o novo período de votação para o Orçamento Participativo do Município de Tomar vai decorrer a partir da próxima segunda-feira, dia 29 de fevereiro, e até 15 de março, podendo os votantes fazê-lo de duas formas:
- presencialmente, no Complexo Desportivo Municipal (edifício das piscinas), sendo obrigatório apresentar o bilhete de identidade ou cartão de cidadão e indicar contacto telefónico.
- online, no site do Município, em www.cm-tomar.pt , sendo obrigatório o registo dos seguintes dados: número do bilhete de identidade ou cartão de cidadão, data de nascimento, contacto telefónico e e-mail.
Para poder votar no Orçamento Participativo é obrigatório ser eleitor recenseado no concelho de Tomar. Cada pessoa pode votar num máximo de três projetos diferentes, desde que sejam de freguesias distintas.
Recorde-se que este processo foi suspenso na sequência de indícios de votações irregulares na primeira fase. Como estavam em causa apenas os votos online, serão considerados como válidos os votos presenciais já realizados nas juntas de freguesia, pelo que quem votou assim já não poderá votar agora.
O Município garante que «todos os dados recolhidos no sistema de votação (seja online ou presencial) serão apenas acedidos pela equipa gestora do Orçamento Participativo e unicamente para proceder à validação dos votos».

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Hoje há assembleia de freguesia

Esta noite há assembleia de freguesia, na Junta Urbana de Tomar. Tem início às 21 horas, na sede da antiga junta de freguesia de Santa Maria dos Olivais, na rua major Ferreira do Amaral.
A principal curiosidade reside em torno da posição a assumir pelos eleitos dos Independentes por Tomar, que na sessão anterior, depois de críticas reiteradas à atuação do presidente da junta, votaram contra o orçamento e plano de atividades.
Recorde-se que a composição da assembleia é feita por 5 eleitos do PS, 5 do PSD, 2 dos Independentes e 1 da CDU. Para viabilizar a junta, o PS fez uma coligação com os IpT e a CDU mas face ao descontentamento dos Independentes, o Partido Socialista, só com o apoio da CDU, fica numa posição minoritária de 6 eleitos, contra os 7 de IpT e PSD.


terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Quando Tomar era importante

Para todos os meus amigos mas em particular para quem não percebe que a importância de uma cidade e de todo um concelho se mede também pela capacidade que as suas coletividades mais representativas vão demonstrando, aqui fica um exemplo da importância que Tomar já teve, neste caso, protagonizado pelo União de Tomar.
Faz hoje precisamente 47 anos que o Banco do Alentejo ofereceu um jantar de homenagem à equipa do União de Tomar, então na 1ª Divisão Nacional.
O Banco do Alentejo foi fundado em 1875 e tinha uma imponente sede no nº3 da Avenida da República, junto ao Saldanha, em Lisboa.


domingo, 21 de fevereiro de 2016

Tomarense Diogo Pinto em destaque

O jovem futebolista tomarense, Diogo Pinto, esteve hoje em destaque no derbie entre Sporting e Benfica ao apontar os dois golos encarnados num jogo que terminou empatado a duas bolas.
Diogo Pinto, atualmente juvenil, iniciou a atividade na Escola de Futebol de Tomar, de onde transitou para o União de Tomar e daí para o Sporting. Na época passada representou o União de Leiria e este ano ingressou no Benfica.
http://www.maisfutebol.iol.pt/geral/21-02-2016/sporting-benfica-empate-2-2-no-derbi-de-juvenis

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Câmara de Alpiarça é trabalho provisório para Luís Ferreira

Luís Ferreira volta a surpreender. Usando novamente a sua conta de e-mail do Município de Tomar, escreveu desta vez aos três vereadores da oposição (João Tenreiro, António Jorge e Pedro Marques), com conhecimento aos vereadores do PS e... a Hugo Costa, presidente da concelhia do Partido Socialista. Já o vereador da CDU, Bruno Graça, foi ignorado.
A mensagem que tem como assunto “A INCRÍVEL APETÊNCIA DA OPOSIÇÃO PARA O DISPARATE SOBRE OS BOMBEIROS” aponta críticas aos vereadores da oposição, no caso de Pedro Marques, devido aos reparos que deixou em relação à data de comemoração do aniversário dos Bombeiros de Tomar e no caso dos vereadores do PSD, a propósito dos comentários que fizeram em relação às viaturas do INEM.
Curioso é que Luís Ferreira, na mensagem, faça questão de referir que «apesar de estar por agora provisoriamente em trabalho na ribatejana vila de Alpiarça e provisoriamente residente na bela vila da Nazaré».
A mensaem completa é a seguinte:
Estimados Senhores Vereadores da oposição Municipal
 Sei bem que eventualmente auguravam não terem contraditório após as reuniões de Câmara, com as observações e propostas, por vezes despropositadas, que vêm fazendo e dizendo nas mesmas, sobre os mais diversos assuntos.
Sei bem, que muitas das vezes as fazem apenas para ocupar algumas linhas de jornal ou, para terem um pequeno tempo de antena nas rádios.
Acontece que, pelo facto de já ter estado na vossa (ingrata) posição, sei bem que há duas formas de apresentar assuntos em reunião de Câmara: sabendo do que se fala, depois de estudar longas horas os assuntos e argumentando com factos sobre os mesmos ou, por outro lado não sabendo e inventando ao sabor da pena...
Penso que é evidente sobre qual o caminho que optaram.
Desenganem-se que, apesar de estar por agora provisoriamente em trabalho na ribatejana vila de Alpiarça e provisoriamente residente na bela vila da Nazaré, não me darei ao trabalho, na qualidade de deputado Municipal e através dos meios que entendo adequados, procurar demonstrar a vossa impreparação política e administrativa para o exercício corrente de funções autárquicas e errónea abordagem sobre alguns assuntos que, de quando em vez seleciono, entre os inúmeros que quinzenalmente nos oferecem para dissecar.
Assim, meus caros, aqui vai:
Na senda do que vem sendo a atitude permanente dos vereadores da oposição, no sentido de falarem de cor, sem cuidarem de se informar sobre os factos, têm sido ditas e proliferadas pela comunicação social tomarense, os maiores dispartes sobre os Bombeiros de Tomar.
Ao quererem fazer política a olhar para o capô do carro, ou seja, ao irem atrás da sensação do momento das redes sociais ou das mentiras, misturadas com algumas verdades, que “de dentro” vão sendo sopradas, os inexperientes vereadores do PSD, são pau para toda a obra do “batido” Pedro Marques, porque “no tempo dele é que era bom”…
Mas vamos ao que interessa. Em primeiro lugar a data da fundação dos Bombeiros e as razões da eventual “confusão”.
PARTE I – A TONTICE de Pedro Marques COM A DATA DA FUNDAÇÃO DOS BOMBEIROS
Durante décadas, especialmente desde os anos 50 do século passado e, com especial incidência, desde as comemorações dos 800 anos de Tomar, organizados entre 1960 e 1962, o regime de então assumiu a data da fundação dos Bombeiros de Tomar, como sendo 28 de janeiro de 1923.
Aliás, o grande documento de prova é, precisamente a capa do Regulamento do Corpo de Salvação Pública, que refere que o mesmo foi aprovado na reunião do executivo camarário de 24 de fevereiro de 1922 e coloca como data de “Fundação”, precisamente 28 de janeiro de… 1922 (?!).
Confrontados com um conjunto disperso de documentos sobre os Bombeiros de Tomar e a sua História, a vereação socialista da Proteção Civil em 2010, encomendou a uma pequena empresa de Tomar o levantamento documental sobre os registos existentes dos Bombeiros. Desse trabalho, resultou um pequeno volume que pode aqui ser consultado, onde entre outros factos se consultou as atas da Câmara Municipal, especialmente dos anos 10 e 20 do século passado e se constatou que:
- em 1917 é “declarada” a criação de uma corporação de bombeiros voluntários;
- em 1919 é proposto pelo vereador Avelar, a criação de um grupo de bombeiros pertencente ao Município;
- Em 1921, surge através do vereador Gonçalves Ribeiro a proposta de um Regulamento para o Corpo de Salvação Pública (CSP).
- O documento foi estudado por todos os envolvidos, sendo a versão final foi aprovada a 7 de Dezembro de 1921 do mesmo ano e enviada para a comissão executiva da autarquia [Câmara Municipal].
- Após análise, a 24 de Fevereiro de 1922 o documento foi finalmente aprovado na sessão do executivo municipal, dando início à instalação do Corpo de Salvação Pública [hoje Bombeiros Municipais de Tomar].
- a 1 de setembro de 1922, dá-se início à instrução dos futuros bombeiros do CSP, sob o comando de Amadeu Vieira da Silva, chefe de secção dos bombeiros do Porto. É durante a instrução, ainda em Setembro de 1922, que os bombeiros de Tomar têm o primeiro batismo de fogo, num incêndio descrito como “pavoroso” e que atingiu uns prédios na Rua São João, no centro da cidade.
- a 28 de janeiro de 1923, em sessão solene da câmara municipal, são finalmente apresentados à população os bombeiros já formados.
De todos estes factos existem atas e jornais, no arquivo municipal e na biblioteca municipal, que atestam a sua veracidade histórica, só sendo conhecido todo este levantamento a partir de junho de 2011.
Então o que terá acontecido para que, durante anos se tivesse como adquirido que a fundação dos Bombeiros se dera a 28 de janeiro de 1923?
A única explicação plausível é que aquando da impressão definitiva do já citado Regulamento do Corpo de Salvação Pública, que escreve na capa “Aprovado pela Câmara Municipal de Thomar na sessão de 24 de fevereiro de 1922”, alguém terá tido a necessidade de acertar o ano, pois não fazia sentido escrever que a fundação se teria dado a 28 de janeiro de 1923, quando no ano antes havia sido aprovado o respetivo Regulamento. Vai daí, à boa maneira do tempo de Salazar, põe-se 28 de janeiro, mas de 1922 e assim a fundação era anterior à criação do Regulamento…
A base documental – as atas e os jornais da época, são portanto inequívocas: o ato fundador, consubstanciado na deliberação de Câmara que aprova o Regulamento, ao abrigo do qual são “organizados” o Corpo de Bombeiros, que deu lugar à recruta e à posterior apresentação pública, deu-se efetivamente a 24 de fevereiro de 1922.
Pode Pedro Marques bradar aos céus e aos infernos que “durante anos sempre se comemorou a fundação dos Bombeiros a 28 de janeiro e que a Presidente não tem legitimidade para mudar a data”, quando os factos históricos conhecidos desde 2011, com base em documentos reais existentes em acervo municipal não oferecem quaisquer dúvidas. Factos são factos e tontices são tontices.
PARTE II – A TONTICE DO PSD COM AS AMBULÂNCIAS DO INEM
Para não ficarem atrás no disparate, os vereadores do PSD, depois de andarem a não aprovar os subsídios para as Associações e Liga de Bombeiros, sempre a levantarem suspeitas sobre, quer a honorabilidade dos Homens, quer dos seus dirigentes e, na tentativa de não ficarem mal na fotografia, lembraram-se agora de vir dizer que era uma vergonha, que a ambulância do INEM tinha mais de oito anos e que deveria ter sido substituída aos 5 e que não se compreende como andam ambulâncias a fazer longo curso (ou seja a transportar doentes que têm consultas agendadas, essencialmente nos IPO’s), em lugar de estarem paradas no quartel para substituir as avarias constantes da ambulância do INEM.
Ora vamos aos factos que alguém se esqueceu de explicar aos vereadores do PSD, quando lhes escreveram o texto.
Em primeiro lugar o Município de Tomar tem, como muitos corpos de bombeiros, um contrato com o INEM, em que se compromete a ter equipagem (Homens), com formação e em disponibilidade para, usando um meio (ambulância) propriedade da INEM, possa, no contexto da rede nacional de emergência, acorrer às emergências comunicadas pela central de despacho nacional (CODU), inerente a uma chamada para o 112.
Quando esse meio (ambulância), não está disponível no quartel de bombeiros que é solicitado, pode ser pelo INEM “solicitada” uma segunda ambulância (com bombeiros) ou até uma terceira. Em Tomar, especialmente desde que as urgências deixaram praticamente de funcionar em Tomar e ficaram concentradas em Abrantes (2011-12), que é hábito estarem duas e por vezes três ambulâncias de Tomar a fazer serviço ao INEM.
Quando, após pedido do INEM, não há ambulância de substituição é ativado outro Corpo de Bombeiros que esteja nas proximidades e, assim sucessivamente até ser encontrado um meio (ambulância), com bombeiros especializados que possam fazer o serviço.
É este o sistema que garante que há sempre assistência de emergência a todos os cidadãos, em todos os locais do País, haja ou não ambulâncias disponíveis ali ao lado ou Corpo de Bombeiros na sua localidade: todos estão em rede e disponíveis para a emergência.
Para que todos saibam, o último ano e face ao investimento em recursos humanos e ao reforço efetuado em 2014 com uma nova ambulância nos Bombeiros Municipais de Tomar, aumentou em cerca de 25% o numero de transporte de doentes realizados, quer em emergência, quer em serviço de longo curso e, pela minha experiência, garanto-vos que os Bombeiros de Tomar não conseguem sequer atingir os 50% de “quota de mercado” na emergência/ transporte não urgente de doentes oriundos do Concelho o que demonstra que há ainda um grande caminho a percorrer de investimento em ambulâncias e em mais bombeiros com formação adequada, com o chamado curso de Tripulante de Ambulância de Socorro (TAS), o que irá acontecer nos próximos meses, após anos de formação a conta-gotas.
Ora, acontece que o INEM nos últimos anos, como é público tem tido uma redução significativa de meios financeiros para investimento em ambulâncias o que tem levado a diversos problemas, de norte a sul do País. Há, conforme disseram e bem os vereadores do PSD, um prazo referencia para substituição de 5 anos, em muitos Corpos de Bombeiros as ambulâncias contam já mais do que esse prazo. É o caso de Tomar e apesar da insistência do Comando dos Bombeiros e do Município, desde que a data de 16/3/2014 se aproximava e que depois se ultrapassou, quando fazia os 5 anos de serviço da ambulância do INEM, este nunca a substituiu até hoje.
Portanto, não só a ambulância do INEM estacionada em Tomar não tem 8 anos, mas sim 6 anos e 11 meses, como têm os Bombeiros e o Município insistido para que a sua substituição se dê. E muito se estranha que seja precisamente o partido que foi responsável durante os quatro anos de cortes absurdos em todos os setores, com especial consequência no da saúde, a vir “acusar” uma Câmara socialista pela responsabilidade que recai, inteirinha, num Governo PSD…
Enfim, palavras para quê?
Quem não sabe é como quem não vê, diz o povo e tem absoluta razão.


Em anexo:
HISTÓRIA DOS BOMBEIROS DE TOMAR

Publicada desde 2011, aqui:
https://protegetomar.wordpress.com/historia-dos-bombeiros-de-tomar/
Luis Ferreira
Deputado Municipal do Grupo Socialista

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Apenas 26 em Portugal mas Tomar está lá...

Em mais de dois anos de mandato, este assunto nunca fez parte de nenhuma ordem de trabalhos das reuniões do executivo. Não sei se alguma vez foi abordado no período de antes da ordem do dia, mas dada a sua importância, o mais certo é que nunca tenha merecido um minuto de reflexão.
Entre os 308 (trezentos e oito) municípios, apenas 26 (vinte seis) não cumprem a lei dos compromissos. Claro que Tomar não podia ficar de fora... poder podia, mas não era a mesma coisa.
E nem vale a pena a atual maioria vir dizer que a culpa é dos executivos anteriores. às vezes dá a ideia que ainda não perceberam que já passou mais de meio mandato e para além disso, no que lhes antecedeu, o PS partilhou a gestão em dois dos quatro anos.
Por outro lado, mais do que uma questão do PS ou da atual maioria, esta é uma das questões que devia e deve preocupar todos. É Tomar que está em causa e Tomar devia e deve interessar a todos.
A notícia completa pode ser lida aqui:
http://economico.sapo.pt/noticias/quase-cem-entidades-nao-cumprem-lei-dos-compromissos_242771.html

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Lar Residencial ou Escola Profissional?

Posso até estar enganado mas acredito desde o primeiro momento em que me falaram da intenção da Associação de Antigos Alunos do Colégio Nuno Álvares Pereira, que o projeto de criação, no espaço do antigo colégio, de um lar residencial para alunos oriundos das antigas colónias, pode constituir uma mais-valia para o futuro de Tomar.
Não sei nem tenho de saber os pormenores dos termos da viabilização dessa proposta. Sei da intenção, sei do entusiasmo de alguns dos antigos alunos, inclusivé com relações privilegiadas, nomeadamente em Angola e Cabo Verde e também me foi referida a possibilidade de Tomar ganhar essa infraestrutura [que vejo como plataforma de desenvolvimento com dois sentidos] sem necessidade do município investir, uma vez que existirá disponibilidade financeira particular para assegurar o custo da obra.
Como se sabe, em dezembro, no aniversário da Associação foi assinado no antigo colégio um protocolo de cooperação com o Município e a ideia que ficou foi que o processo iria andar.
Sucede que, de acordo com o que me foi agora transmitido, a Câmara está hesitante, uma vez que existe da parte do vereador da educação a intenção de instalar naquele espaço a Escola Profissional de Tomar.
Segundo creio, existirá uma deliberação de Câmara a ceder parte do edifício do antigo colégio para a Escola Profissional de Tomar que levou até à colocação na fachada do edifício de uma lona com a indicação de futuras instalações, mas não seria a primeira vez que uma deliberação seria revogada.
O alerta aqui fica porque uma e outra solução são interessantes. Na minha opinião, a primeira, seria mais importante para Tomar e faria mais sentido naquele espaço mas também aceito a segunda.
O meu receio é que no meio disto não tenhamos nem uma, nem outra. Isso seria criminoso.
Espero que os responsáveis políticos estejam atentos e tenham noção do montante que o município terá que investir para ali instalar a Escola Profissional de Tomar e dos custos futuros que será necessário suportar por uma sociedade onde a Câmara Municipal de Tomar tem 50% do capital social.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

A reunião da Câmara

Como ontem escrevi, fui assistir à reunião da Câmara Municipal de Tomar.
Entrei já os trabalhos se tinham iniciado e do período de antes da ordem do dia, registei umas notas de desaprovação por parte de Hugo Cristóvão sobre comunicados do PSD divulgados pela imprensa, a explicação por parte de Rui Serrano que os planos de pormenor do Centro Histórico e do Flecheiro/mercado, são processos lentos que implicam várias fases e que vão arrastar-se no tempo. Bruno Graça deixou uma referência a uma iniciativa do PCP na assembleia da república sobre o Centro Hospitalar do Médio Tejo e a indicação de uma intervenção no cemitério de Marmelais. Anabela Freitas referiu-se a alguns estragos provocados pelas condições climatéricas dos últimos dias, nomeadamente a queda de uma árvore na envolvente do castelo que obrigou a cortar o trânsitos e uma outra ocorrência nas Cabeças. Pedro Marques referiu-se à necessidade de pensar num novo cemitério antes de se esgotar a capacidade do de Marmelais, expressou dúvidas quanto ao espaço e organização do mercado de velharias, reafirmou a constatação que em matéria de saúde Tomar tem ficado a perder relativamente a Torres Novas e Abrantes e terminou a referir-se à necessidade de recuperação do antigo colégio Nuno Álvares.
A única questão a suscitar reação foi a do mercado de velharias. Bruno Graça disse que é um assunto velho e que precisa de tempo porque vem de trás. Afirmou que para já é a localização e a seguir virá a regulamentação de ocupação de espaço público. Pedro Marque retorquiu que o que se está a fazer é a fechar os olhos, que a situação é grave e que não percebia porque não se aproveita a mudança de local para impor regras. Anabela Freitas explicou que a legislação existe, que é a mesma que levou ao fim do Mercado da Estrelinha e que vai ser aplicada, sem dizer quando.
João Tenreiro manifestou a preocupação quanto à situação dos meios do INEM, sublinhando que a média de 30 ocorrências por dia obriga a uma pressão sobre o INEM no sentido de aumentar os meios de socorro disponíveis e reforçou a ausência de uma política educativa no concelho. Sobre esta matéria enumerou uma série de questões que há mais de um ano foram colocadas ao vereador com a pasta da educação e que até ao momento não foram respondidas. Quanto à questão do INEM a presidente da Câmara informou que tem sido feitas exposições no sentido de reforçar os meios e alterar o nível de classificação do concelho de Tomar, tendo em conta a média diária de situações de emergência.
Da ordem de trabalhos propriamente dita, duas questões dominaram a reunião. O Orçamento Participativo e o Mercado Municipal.
Quanto ao Orçamento Participativo, para além do que consta do post anterior, refira-se que João Tenreiro fez questão de expressar a discordância do PSD quanto à decisão tomada de anular a votação [tinha escrito que a oposição não tinha dito nada e João Tenreiro chamou-me a atenção que o PSD tomara posição e emitira um comunicado que fez o favor de me fazer chegar]. Afirmou que se há votos inválidos, devem ser retirados e contabilizados os restantes. Por outro lado, lamentou que na nova votação, não haja a possibilidade das pessoas votarem presencialmente nas juntas de freguesia, como vai acontecer no complexo de piscinas, considerando que se está a desconsiderar a população das freguesias rurais.
A questão do Mercado Municipal, percebeu-se, era o “cavalo de batalha” que Pedro Marques trazia para esta reunião. A proposta apresentada por Bruno Graça foi de começar a cobrar taxas após o período de instalação que se estenderá até ao dia 1 de Abril. Pedro Marques, numa posição corroborada por António Jorge, bateu-se pelo prolongamento desse prazo. Falou da necessidade de compensar os vendedores, dos prejuízos que estes tiveram, da necessidade de tempo para que as pessoas readquiram o hábito de ir ao mercado. Pedro Marques chegou ao ponto de afirmar que lamentava que nenhum vendedor tivesse levado a Câmara a tribunal porque as pessoas antes do fecho, estavam no mercado, pagavam as taxas e de um momento para o outro ficaram sem fonte de rendimento, sem terem responsabilidade nisso, por falta de condições das instalações que não era sua obrigação assegurar mas sim da câmara. A tudo a maioria foi insensível, Bruno Graça considerou que o período que vai até dia 1 de abril, é suficiente e revelou a novidade da fatura dos SMAS passar a incluir ações de marketing promocional do Mercado Municipal. Anabela Freitas explicou que o regulamento de taxas, no que toca ao mercado, não admite isenções mas não excluiu a possibilidade de vir a ressarcir os vendedores que sofreram prejuízos.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Saudades do António Alexandre


Todos sabem que me identifico com o estilo como António Alexandre exerceu as funções de vereador na Câmara Municipal de Tomar. Acompanhei o seu percurso durante anos, estando ele no poder e depois na oposição. Com os seus erros e virtudes, foi alvo privilegiado de uma certa imprensa da altura, quando a comunicação institucional estava longe de proteger os eleitos como hoje faz.
Mais tarde privei com ele num programa de rádio de boas memórias e aprofundei a admiração por uma forma de estar onde o coração está muito perto da boca e não raras vezes fala primeiro a emoção do que a razão.
É um estilo e eu aprecio... Porque é que escrevo isto, agora, se pelo menos aparentemente o tempo político de António Alexandre passou?
Eu às vezes pergunto-me se estarei bem da cabeça. Hoje, por exemplo, esteve uma tarde tão bonita, um sol tão agradável e, vejam lá, fui uma hora e meia para o edifício dos Paços do Concelho, assistir à reunião de Câmara.
Mas estão enganados se pensam que me arrependi. Pelo contrário, ainda bem que o fiz porque, por exemplo, no que diz respeito ao Orçamento Participativo, percebi que há questões em que fui induzido em erro, a partir dos relatos da imprensa sobre a anterior reunião do executivo.
Mantém-se muito do que escrevi, mas não é verdade que todo o processo tenha sido suspenso. O que vai acontecer é uma nova votação.
Que a medida não estava devidamente preparada não estava  mas a solução remendada que agora foi encontrada é, apesar de tudo, menos má do que seria suspender todo o processo.
Tanto quanto percebi e espero não induzir em erro os amigos que fazem o favor de me ler, mantem-se tudo o que aconteceu no período pré-votação, assim como os votos realizados presencialmente, uma vez que relativamente a esses, afirmou o vereador Hugo Cristóvão «são 100% fiáveis».
Explicou ainda o vereador que três pontos a dominar a nova fase:
1 – São revalidados os votos realizados presencialmente, sem necessidade das pessoas voltarem a votar;
2 – Haverá um novo período para a votação online com um pré-registo obrigatório que gerará um código individual que vai permitir validar o voto;
3 – No complexo das piscinas, será possível as pessoas votarem presencialmente.
Hugo Cristóvão, afirmou que esta solução «permite não deitar fora o que foi feito, sem necessidade de voltar ao início».
A proposta foi votada favoravelmente pelos três eleitos do PS e pelo da CDU, enquanto os dois eleitos do PSD e o dos Independentes, se abstiveram.
Dirão os meus amigos que está tudo resolvido e eu diria que ainda bem.
Mas não... há uma questão que não me sai da cabeça desde esta tarde. Então não é que num momento de discussão mais acesa o  vereador Hugo Cristóvão teve esta afirmação «todos sabem quem tinha a possibilidade de viciar os resultados».
Juro que eu não sei e se pudesse intervir na reunião tinha logo dito que não sabia. Mas isto é assustador ou não é? O vereador João Tenreiro ainda perguntou quem, mas foi ignorado. Mas pior ainda é se a Câmara sabe ou pelo menos parte dela sabe e não faz nada?

Com o António Alexandre sentado naquela mesa seria o bom e o bonito. Assim, houve alturas em que até me chegou o sono mas isso é porque tenho andado a dormir pouco...

domingo, 14 de fevereiro de 2016

São Silvestre e Campo de Soudos

Duas referências à vida do União de Tomar há 43 anos atrás. A primeira para o atletismo, com uma referência à participação de atletas do clube na corrida de São Silvestre. A segunda é uma recordação da existência de campo de futebol nos Soudos, se bem que neste caso, não tenha permitido a realização do jogo previsto...

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Luís Ferreira escreveu aos funcionários da câmara

O vogal do PS na assembleia municipal, Luís Ferreira, que até ao fim do ano exerceu as funções de chefe de gabinete da presidente de Câmara, enviou esta tarde da sua conta de e-mail do município, uma mensagem para quase todos os mails dos funcionários da Câmara.
O texto sublinha algumas medidas tomadas pelo executivo mas deixa também alguns recados que merecem reflexão, nomeadamente esta passagem: «...Ou seja, traduzido em miúdos: um escasso agregado político (CDU/IpT) que faz gato-sapato, como diz o povo, dos dois maiores partidos (PS e PSD), condicionando a gestão municipal, especialmente desde a saída do atual deputado Hugo Costa e de mim próprio do gabinete da presidência no final do ano passado, com os resultados que se irão, pouco a pouco, tornar notórios. Até quando?...»

Luís Ferreira é um político muito experiente e conhecedor dos terrenos que pisa, mas custa entender que para atingir o vereador da CDU, parceiro de coligação do PS na gestão do município, acabe por visar o próprio Partido Socialista.
Toda a mensagem pode ser lida aqui:

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Vão chover empresas em Tomar

Mais de metade do atual mandato autárquico está passado e no que respeita à gestão do município, vou testemunhando constantes notas de desilusão.
Sucede que a presidente da Câmara, Anabela Freitas, causa uma boa primeira impressão. Trata-se da primeira senhora a presidir ao Município, é simpática e sorri com facilidade.
O problema vem a seguir. Quando se trata de ultrapassar a primeira impressão. Para além das questões mais simples, cuja noção da velocidade com que (não) andam pode ser marcada por alguma impaciência dos interessados, há as questões-chave, os projetos estruturantes, as ideias mobilizadoras que nos deviam motivar a todos e que pura e simplesmente até agora não existem.
A Câmara Municipal de Tomar tem feito um mandato a comportar-se como uma junta de freguesia. As notícias são que espalha alcatrão em 100 metros de estrada, abriu uma valeta em Marianaia, colocou um painel na estação rodoviária... ainda vai fazer um passeio e já foi notícia duas vezes.
Esta minha frustração ganhou força depois de ler a entrevista que Anabela Freitas concedeu ao jornal Cidade de Tomar. Devo reconhecer que a Câmara comunica bem e tenho para mim que a referida entrevista foi devidamente preparada pela entourage de Anabela Freitas mas repare-se que questionada sobre a dinamização do Parque Industrial, o que é que responde? Cito de memória “Os terrenos livres vão estar disponíveis no site da AICEP para poderem ser vistos em todo o mundo”.
Isto se não fosse tão mau, até podia ter graça porque já estamos todos a ver um investidor na Alemanha, na China, em Angola ou no Brasil a procurar Tomar no site da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, para comprar um lote e fazer aqui o seu investimento.
A sério que não é anedota...
As promessas foram muitas mas até agora o que se viu foi gastar dinheiro a mudar o nome de Zona Industrial de Tomar para Parque Empresarial de Tomar e de um regulamento.

Mas agora é que vai, vão chover paletes de empresas, a partir do site da AICEP...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Esta terra, esta gente


Sim, é verdade, ainda há coisas que me surpreendem.
Não devo explicações a ninguém e por isso não vou gastar muito tempo com isto mas não posso deixar de aqui notar que houve nesta cidade de Tomar quem se desse ao trabalho de ir investigar se eu, não estando a exercer jornalismo mantinha a carteira de jornalista em uso...
Confesso que me senti importante mas o tempo que perderam foi em vão. Não sou perfeito e tenho os meus pontos fracos, mas há riscos que não piso e princípios de que não abdico.
Sei bem as responsabilidades que o exercício da profissão de jornalista implicam e durante os anos em que exerci a atividade como profissional, nunca fui alvo de qualquer queixa ou processo.
Também sei os privilégios que o estatuto de jornalista atribui e esses sim, em Tomar, é muito difícil de ver respeitados, sobretudo pelas entidades públicas.

Em todo o caso, como mostra este espaço, não renego ao que entendo ser o dever cívico de, na medida do possível, contribuir para uma sociedade mais informada e esclarecida.

Ah... e deram-me ânimo para continuar...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Incompetência venceu orçamento participativo

A Câmara de Tomar decidiu suspender o “Orçamento Participativo” com o argumento de que terão existido irregularidades.
Segundo o vice-presidente Hugo Cristóvão, dois terços dos votos não são considerados válidos, por não restarem dúvidas que foram viciados.
O orçamento participativo de 2015 da câmara de Tomar, onde havia 37 projetos concorrentes, foi anulado em reunião de câmara, quase dois meses depois de encerrada a votação.
Votei no projeto apresentado a concurso pela Junta de Freguesia de São Pedro, que basicamente visa criar uma unidade de alojamento no edifício da antiga escola primária da Portela. Fi-lo por sugestão da presidente da Junta, que percorreu o terrítório da sua freguesia, munida dos meios necessários para uma votação online imediata.
Desperto para o interesse do projeto, eu próprio me encarreguei de sugerir na sede do Centro Recreativo Desportivo e Cultural de Vale Florido, Venda e Maxieira, a votação de uma dezena de moradores no projeto da sua freguesia.
Após a decisão de anulação de todo o processo, não tenho argumentos para questionar a legalidade da decisão mas tenho razões para me sentir enganado pela Câmara de Tomar.
Desde logo porque não pode pagar o justo pelo pecador. Se há vícios, que sejam apurados e responsabilizados o(s) seu(s) autor(es). Devem ser expurgados todos os votos viciados e considerados os que foram realizados de forma correta e representam a vontade dos munícipes que quiseram participar no orçamento.

Devo a propósito referir que fui consultar a documentação elaborada pelo Município de Tomar sobre o orçamento participativo e não encontrei em nenhum lado, qualquer referência à possibilidade de anulação do processo.
Também me preocupa que das explicações ouvidas relativamente ao modo como foram validados e/ou considerados suspeitos os votos, se depreenda que os números de telemóvel que as pessoas forneciam foram “passados a pente fino”, num procedimento que me levanta reservas. Em todo o caso, como não me ligaram, suponho que o meu voto esteja entre os não suspeitos...
Mas ao contrário do modo como o assunto tem sido trazido a público, não é a questão de ter havido uns “chico-espertos” a votar de forma indevida que deve estar no centro das atenções, porque no máximo isso apenas nos pode levar a discutir se há ou não a necessidade de um especilista de informática em Tomar, quando até se sabe que há um em Alpiarça e está disponível para vir.
A questão é a incapacidade que o Município de Tomar revela, de modo absolutamente descarado, de desenvolver um processo tão simples como este.
Estranhamente, toda a oposição deixou passar em claro tão evidente falta de competência, sendo de notar que o “Orçamento Participativo” foi uma das bandeiras de campanha. Está à vista como a implementação da medida estava bem preparada.
À falta de outras explicações, parece-me razoável concluir que:
1 - O que se passou é que o resultado não foi o que a Câmara pretendia e por isso anula-se;
2 – Os 100 mil euros destinados ao projeto vencedor fazem falta para outra coisa e por isso anula-se;

3 – Como do projeto que venceu no ano passado ainda nem sinais, o melhor é anular o deste ano.